terça-feira, 18 de setembro de 2007

Professores e estudantes da Fundação Santo André decretam greve e pedem impeachment de Reitor

Ação violenta da PM a pedido da Reitoria e memorando com previsão de aumento de até 126% nas mensalidades foram o estopim para a insatisfação coletiva

A insatisfação de estudantes e professores da Fundação Santo André, uma universidade pública de direito privado do ABC paulista, com o Reitor Odair Bermelho não era novidade. Medidas administrativas desastradas, cabide de emprego para aliados políticos da administração petista da cidade, falta de democracia, privilégios ao reitor, falta de professores e de estrutura e incompetência generalizada, vinham sendo motivo de denúncia constante por parte do Diretório Acadêmico da Fafil, uma das faculdades da universidade, há muito tempo.O estopim que transformou esta insatisfação em mobilização e luta pela saída de Odair Bermelho da reitoria veio com a descoberta de um memorando que prevê aumentos de até 126% nas mensalidades e a extinção de alguns cursos.

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Um comentário:

Anônimo disse...

No comentário a respeito da greve dos estudantes e professores do Centro Universitário Fundação Santo André contra o seu Reitor Odair Bermelho, só faltou falar que a primeira manifestação desse movimento, uma ocupação pacífica do espaço (público) da reitoria da instituição, ocorrido em 15/09/2007, foi duramente repreendido pela ação da polícia militar (a pedido da reitoria, evidentemente), que invadiu o local em uma ação ilegal (sem qualquer petição judicial) com mais de quarenta policiais, inclusos entre estes a tropa de choque.
Mais de trinta alunos que só queriam esclarecimentos, foram espancados e oito foram presos. Socos, chutes, cacetetes, bombas de efeito moral, de gás, spray de pimenta, balas de borracha e mesmo intimidação com armas de fogo empunhadas pelos melicos.
Após o ocorrido o tenente-coronel que comandou a operação foi afastado de suas atividades na polícia militar, ao passo que alunos e professores da FAFIL decretaram greve até que o reitor seja afastado da instituição.
Turmas de alunos das outras faculdades do Centro Universitário, como Administração, Economia, Relações Internacionais e Engenharia já aderiram à greve reclamando do igualmente vultoso sucateamento dos seus cursos.

A greve não acabará enquanto o reitor não abandonar o cargo.