Alvo de piadas, críticas e brincadeiras dos rivais, zagueiro dá a volta por cima
Gabriel Rubinsteinn
Muito criticado pela torcida, vítima de piadas e motivo de chacota. Domingo, Betão deu a volta por cima. Fez o gol da vitória do Corinthians no clássico contra o São Paulo, aos 40 minutos do segundo tempo, quebrou o jejum de mais de quatro anos sem vitória do Timão contra o Tricolor e, de quebra, ainda acabou com retrospecto pessoal: o jogador nunca tinha vencido o rival.
– As pessoas me perseguiam por isso, por essa escrita. Vencer a equipe deles é muito importante para nós – disse o salvador, no fim do jogo.
O jogador, que virou febre na internet com o vídeo “Betão em Eterno” – uma alusão ao filme sobre a vida de Pelé, mas com imagens de jogadas bizarras do zagueiro –, passou por maus lençóis nesta temporada. Depois de ter confirmada sua transferência para o Sochaux (FRA), o jogador retornou ao Corinthians, mandado de volta por aqueles que o contratariam, sob a alegação de que era “baixo e fraco”.
Sem opção, retornou, recuperou a posição entre os titulares e, com Nelsinho Baptista no comando da equipe, assumiu a faixa de capitão.
– Eu agüentei muita coisa. Não abaixo a cabeça, mas era um peso nas minhas costas – desabafou o zagueiro, que começou nas categorias de base do Corinthians.
No clássico de domingo, Betão fez excelente partida. Segundo dados do Footstats, o jogador acertou 7 desarmes, cerca de 20% do total de sua equipe, cinco lançamentos, deu 19 passes certos e apenas um errado.
Após o gol que garantiu a vitória do Timão, Betão caiu no choro.
– Fiquei ofegante, esperando o juiz apitar e torcendo para o São Paulo não acertar os chutões e o Aloísio pegar a bola – confidenciou, antes de afirmar que não tem vergonha nenhuma disso:
– Sou emotivo e não tenho vergonha. Não tenho medo e não preciso esconder.
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