Corintianos armaram esquema especial para fugir da revolta dos torcedores
“Ou jogamos no amor ou vai ter de ser no terror”. A declaração foi do goleiro Felipe, após a derrota do Corinthians para o Palmeiras, em 23 de setembro. No domingo, os jogadores do Corinthians, rebaixados, voltaram de Porto Alegre aterrorizados.
A viagem, prevista para hoje, foi antecipada pelos dirigentes corintianos, que nem sequer fretaram um avião para a delegação.
O pavor no vôo 3056 da TAM começou antes da decolagem.
Ao lado de torcedores revoltados, alguns foram xingados e ameaçados. Os principais alvos foram o presidente Andrés Sanchez, o técnico Nelsinho, o zagueiro Fábio Ferreira e o meia Lulinha, a quem foi oferecida uma fralda.
Dois torcedores mais exaltados tentaram agredir os atletas, foram contidos por seguranças e, em seguida, presos pela Polícia Federal.
Minutos depois, cinco passageiros deixaram o avião por vontade própria, com medo de mais brigas.
E o avião do terror decolou às 22h (de Brasília), com uma hora de atraso. Com os problemas, o destino mudou de Congonhas para Cumbica. A Polícia Militar foi acionada para evitar quebra-quebra no aeroporto.
Para evitar perseguição de torcedores em São Paulo, a diretoria dispensou o Mosqueteiro V e contratou uma empresa particular.
Sem escolta da polícia para não chamar a atenção, o ônibus com os jogadores amedrontados deixou o aeroporto por volta das 23h45min.
O roteiro: Rodovia Dutra, Avenida Salim Farah Maluf, Rua Abel Ferreira e, enfim, Rua Eleonora Cintra.
Na Farah Maluf, uma moto com dois torcedores conseguiu emparelhar com ônibus. Ambos xingaram Vampeta e fizeram ameaças. Mas logo foram detidos por uma viatura da PM que fazia ronda na avenida.
À 0h15min, os jogadores desceram do ônibus. Escondendo o rosto, correndo, cada um pegou um dos vários táxis que os aguardavam e sumiram. Só Héverton falou:
– A torcida está fazendo o papel dela, tem de respeitar. Agora é esfriar a cabeça e dar a volta por cima.
Colaborou Ademir Morales
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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