fonte: Blog do Juca
POR ROBERTO VIEIRA
Belo Horizonte guarda na memória clássicos lendários entre Cruzeiro e Atlético.
Passes mágicos de Dirceu Lopes? Gols imortais de Reinaldo?
Pois hoje, Belo Horizonte assistiu a guerra entre a Galoucura e a Máfia Azul. Guerra sem passe. Morte sem gol.
O Cruzeiro e o Atlético são muito mais do que supõe a vã filosofia de loucos e mafiosos.
Tanto que o site da Máfia Azul traz um belo 'Manifesto sobre a Paz e a Justiça'.
Proclamando que o universo do futebol é 'educação, cultura e principalmente alegria'.
A onda da Máfia Azul é torcer sem violência. Máfia Azul que possui 80 mil integrantes.
Quase a metade dos soldados que possui o Exército Brasileiro.
Curiosamente a Galoucura também carrega consigo o lema de 'Paz e Justiça'. Exatamente como a Máfia Azul. Também afirma que seu lema é 'torcer sem violência'.
As duas torcidas que, vale ressaltar, promovem regularmente ações beneficentes.
Pois hoje, na esquina da rua Caetés com a Espírito Santo, centro de BH, o que se viu foi o oposto.
Foi a violência sem torcer. Um manifesto contra a paz.
Mais ou menos como ocorreu em São Paulo. Na praça Roberto Gomes Pedrosa.
Quando uma carga de cavalaria e uma série de bombas de efeito moral foi usada antes do clássico entre São Paulo e Corinthians.
Como se a praça fosse Paris em maio de 68.
Mais ou menos como ocorre em Recife e outras capitais quando as torcidas organizadas se encontram.
O futebol brasileiro jogado no Brasil já não possui um Dirceu Lopes, um Reinaldo.
Quem poderia ser está bem longe. Contando seus metais no Eldorado europeu.
Ironicamente, os europeus não se tornarão artistas da bola levando o que nós temos de melhor.
Porém, em nossos estádios alguns se julgam europeus, assimilando justamente o que o Velho Mundo tem de pior.
O ódio e a violência disfarçadas em paixão.
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