sábado, 8 de março de 2008

1857

129 mulheres
em 8em Março
em Nova York
eram Rosas-vermelhas
Ardendo em Claras-chamas
e o fogo que queima corpos
de almas que entranham mundo
Transcendentes
trazem no peito
cravada a flama
de vivas-chamas-ardentes
Alexandras
Marias
Kiandas
Vivamente furiosas
ardentes e intensas
Sagradamente profanas
quando odeiam e quando amam
Tudo fazem com gana
fúria que brota de dentro
e antes de brotar
feito feto, ferve
entranhada em seu ventre
Determinação desenfreada
aos olhos vãos, insana
A mais perigosa das feras
pois amor ou ódio
é aquela que dentro de si tudo gera
Ó meu bom patrão
se teu Deus (de capital importancia) quer sacrifícios
advertimos que as mulheres
de nossa classe
não moreram em vão
Morreram em tua fábrica 129,
prova de tua vileza
criastes assim a centelha que hoje
como Rosas-de-fogo
operárias de toda a humanidade inflama
Mulher operária para sempre resistente
ó burgues não te engana
Por Fábio, Instituto Che Guevara

Um comentário:

Mônikita disse...

Nossa lindissimo, vou tomar a liberdade de copiá-lo...
Esse fato dramatico com as operárias marcou a data de comemoração do dia internacional da mulher.
Melhor será, Companheiro, o dia que não mais precisaremos comemorar o dia do indio, do negro, da mulher...sinal de que
estaremos vivendo numa sociedade mais justa e com igualdade.
Mas navegar é preciso...

Viva as mulheres que tiveram e tem a coragem de fazer a diferença..

besos pra usted.