segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Para promotor, Kia é criminoso internacional

quinta, 06/12/07.

Uma das preocupações do promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro é com o comportamento das pessoas nos estádios de futebol. Mas o mau comportamento, para ele, tem a ver com as condições que esses apresentam aos torcedores. "Por que não merecemos estádios exemplares? 2014 é logo ali, temos que mudar tudo". Nesta mudança que o promotor pede, entra outra.

"Temos que ter legislação penal para aquelas pessoas que merecem. Enquanto isso, a gente vai vivendo de tragédia em tragédia".

Segundo o promotor, é preciso ambiente digno, meio de transporte etc. "Tem de ter uma injeção de riqueza nesse caminho", diz, referindo-se ao Mundial daqui sete anos. Recentemente, o caso MSI mostrou a José Reinaldo Carneiro o lado mentiroso de Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians, que afirmou que o russo Boris Berezovsky não tinha nada a ver com a parceria.

"Essas pessoas investigadas se acham mais espertas que outras. Eu posso tudo, elas pensam".
Para Carneiro, o Brasil está mudando. "O Brasil é mais forte ao combate do colarinho branco do que era no passado", afirma. Com o auxílio de equipamentos eletrônicos, de telefonia as investigações ficam facilitadas. Embora o promotor diga que existem outros meios. "O instrumento escuta telefônica não é imprescindível. O início dessa investigação foi sem escuta telefônica", explica.

O iraniano Kia Joorabchian afastou-se do Brasil. Hoje, o ex-dirigente da MSI no Brasil vive em Londres. O promotor teve um contato, na época em que estava na direção do clube do Parque São Jorge. "Ele chegou ao Brasil, encantou-se com a grandiosidade do Corinthians. É um criminoso internacional. Eu me lembro que ele desafiava a ação do MP", relembra. "Ele achava que o poder econômico podia comprar tudo", completa.

Redação Terra

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